Adece inicia 19 novos projetos para a reestruturação do agronegócio cearense
12 de abril de 2018 - 13:47
Tendo em vista o sexto ano consecutivo de seca e as dificuldades vivenciadas pela crise hídrica, o Governo do Ceará, por meio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), anuncia a autorização de 19 novos projetos voltados para a reestruturação do agronegócio cearense. Mais de R$ 12 milhões serão investidos, sendo R$ 5,5 milhões oriundos do Estado e R$ 6,98 milhões de contrapartida das instituições parceiras. Prefeituras de todos os municípios envolvidos, bem como a secretarias estaduais da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), Desenvolvimento Agrário (SDA), Recursos Hídricos (SRH) e Planejamento e Gestão (Seplag) também serão parceiras na execução dos projetos
“O agronegócio é um dos setores mais importantes para a economia do Estado e, consequentemente, para a Adece, considerando a geração de trabalho e os números positivos das exportações. A maioria dessas ações atende aos anseios e demandas do setor relatadas durante reuniões das 11 câmaras do agronegócio abrigadas na Agência”, explica o presidente interino da Adece, Eduardo Neves.
As ações serão iniciadas ainda neste semestre e devem durar até 2020. Estão inclusos projetos ligados aos setores de leite, ovinos e caprinos, tilápia, camarão, algodão, palma forrageira, caju, fruticultura, floricultura e carnaúba. Outros trabalhos também englobarão temas abrangentes, como a atualização de informações sobre os polos de produção do Ceará e informações econômicas dos setores em geral.
“A ideia de reunir informações sobre os polos de produção do Ceará é uma atualização do que já havíamos feito anteriormente. No entanto, com a crise hídrica dos últimos seis anos, as produções sofrem mudanças. Precisamos rever essas informações com o intuito de nortear os investidores do Estado e aqueles que estão chegando. Também vamos fazer um diagnóstico do agronegócio cearense com propostas para o setor nos próximos 10 anos. Esse segundo trabalho será também em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Universidade de São Paulo (USP)”, comenta o diretor de Agronegócio da Adece, Sílvio Carlos Ribeiro.
O diretor destacou ainda a cajucultura como um setor estratégico para a economia cearense e a aprovação de quatro dentre o total de projetos. “É preciso retomar a exploração do potencial desta cultura. Por isso, serão realizados os trabalhos em parceria com a Embrapa”, avalia.
Já a palma forrageira será estudada literalmente nos quatro cantos do Estado. Conforme o representante da Adece, serão montadas quatro unidades-piloto da espécie com características diferenciadas, sendo algumas convencionais e outras clonadas.
“Vamos observar resistência e produção, trazer produtores para dias no campo, ensinar técnicas de colheita e de produção”, explica Sílvio. Sobre a importância da cultura para o Ceará, ele completa. “Um recente estudo da Adece, que definiu os indicadores e critérios para o uso da água no setor pecuário, identificou a palma forrageira como uma das atividades agrícolas com menor consumo de água e maior produção em quilos por hectare, além de ter grande importância para a cadeia produtiva do leite”.
Outra ação de relevância para o agronegócio cearense será a implantação de poços profundos para produtores de leite. O projeto será realizado em parceria com uma indústria de laticínios e promoverá a perfuração de 60 poços em diferentes regiões do Estado. As construções serão finalizadas ainda neste ano.
As culturas exóticas a serem estudadas para produção no Estado terão sua viabilidade econômica e agregação de valor por meio de características nutricionais avaliadas. Conforme Sílvio, é preciso produzir culturas de maior valor agregado no Ceará e a ação pretende direcionar para qual finalidade esse fruto poderá ser melhor aproveitado. “Frutas exóticas como a pitaya produzida no Ceará, por exemplo, pode ter maior valor agregado se for utilizada na indústria química, seja na fabricação de cosméticos ou na indústria farmacêutica . Esse trabalho de direcionamento será realizado pela Embrapa”, explica.
Programas de capacitação em carcinicultura, tilapicultura e uso eficiente da água, além de um projeto envolvendo a UFC e o DNOCS com foco na produção intensiva de tilápia e camarão e com baixo consumo de água darão impulso ao setor.
Apoio ao setor
Um total de 11 câmaras setoriais somente para o agronegócio, além da Câmara Temática de Água e Desenvolvimento, funcionam no âmbito da Adece.São elas: Frutas, Flores, Leite, Mel, Ovinocaprino, Tilápia, Trigo, Camarão, Carnaúba. Caju e Equinos.
Outros seis projetos envolvendo os setores de ovinos e caprinos, algodão, fruticultura, flores, carnaúba e eficiência do uso da água já estão em andamento como iniciativas da Adece.
Parcerias
Mais de 10 entidades e instituições de ensino participarão dos projetos em parceira com a Adece. Dentre elas além das citadas acima, participam: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Universidade Federal do Ceará (UFC); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); União dos Agronegócios do Vale do Jaguaribe (Univale); Associação Caatinga; Associação dos Produtores de Leite do Ceará (Aprolece); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Confira a lista de projetos
1. PROJETO QUEIJARIA-MODELO
2. PROJETO MODELO DE ABATEDOURO PARA OVINOS E CAPRINOS
3. PROJETO PÓLOS DE PRODUÇÃO DO CEARÁ
4. PROJETO DE TILAPICULTURA INTENSIVA NO CEARÁ
5. CAPACITAÇÃO PARA CARCINICULTURA, TILAPICULTURA E USO EFICIENTE DE ÁGUA
6. PROJETO ALGODÃO CEARÁ – ELABORAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DO PROGRAMA ALGODÃO – MODERNIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO ALGODÃO
7. PROJETO PALMA FORRAGEIRA
8. AVALIAÇÃO DA PODA MECANIZADA EM POMARES DE CAJUEIRO ANÃO COMUM
9. AGREGAÇÃO DE VALOR DE ESPECIES TRADICIONAIS E NÃO TRADICIONAIS (PITAIA, AMORA-PRETA, CAQUI, MIRTILO E ROMÃ) POR MEIO DA IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS
10. SECADOR SOLAR MÓVEL – CARNAÚBA
11. DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA PÓS-COLHEITA DO PSEUDOFRUTO DO CAJU QUE VIABILIZA SUA DISTRIBUIÇÃO EM NÍVEL GLOBAL
12. PIB DO AGRONEGÓCIO CEARENSE – DIAGNÓSTICO E PROPOSTAS PARA O AGRONEGÓCIO NO ESTADO DO CEARÁ PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS
13. PROJETO CULTURAS ALTERNATIVAS (CACAU, AMORA PRETA, MIRTILO, CAQUI, CACAU E ROMÃ)
14. PROJETO TESTE E AVALIAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS FASE II
15. PROGRAMA DE MELHORIA DA GESTÃO INTEGRADA DE PROPRIEDADES LEITEIRAS – PRÓ LEITE
16. PRODUÇÃO DE BASES NEUTRAS CLARIFICADAS E DESAROMATIZADAS DE CAJU, BANANA E MELÃO
17. IMPLANTAÇÃO DE UNIDADE SUSTENTÁVEL ASSISTIDA – FLORICULTURA E FRUTICULTURA
18. DIAGNÓSTICO, MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS E QUALIDADE DE FRUTOS DA PITAIA
19. IMPLANTAÇÃO DE POÇOS PROFUNDOS – PROJETO LEITE CEARÁ
Governo do Ceará inicia 19 novos projetos para a reestruturação do agronegócio cearense
Tendo em vista o sexto ano consecutivo de seca e as dificuldades vivenciadas pela crise hídrica, o Governo do Ceará, por meio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), anuncia a autorização de 19 novos projetos voltados para a reestruturação do agronegócio cearense. Mais de R$ 12 milhões serão investidos, sendo R$ 5,5 milhões oriundos do Estado e R$ 6,98 milhões de contrapartida das instituições parceiras.
As ações serão iniciadas ainda neste semestre e devem durar até 2020. Estão inclusos projetos ligados aos setores de leite, ovinos e caprinos, tilápia, camarão, algodão, palma forrageira, caju, fruticultura, floricultura e carnaúba. Outros trabalhos também englobarão temas abrangentes, como a atualização de informações sobre os polos de produção do Ceará e informações econômicas dos setores em geral.
“A ideia de reunir informações sobre os polos de produção do Ceará é uma atualização do que já havíamos feito anteriormente. No entanto, com a crise hídrica dos últimos seis anos, as produções sofrem mudanças. Precisamos rever essas informações com o intuito de nortear os investidores do Estado e aqueles que estão chegando. Também vamos fazer um diagnóstico do agronegócio cearense com propostas para o setor nos próximos 10 anos. Esse segundo trabalho será também em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Universidade de São Paulo (USP)”, comenta o diretor de Agronegócio da Adece, Sílvio Carlos Ribeiro.
O diretor destacou ainda a cajucultura como um setor estratégico para a economia cearense e a aprovação de quatro dentre o total de projetos. “É preciso retomar a exploração do potencial desta cultura. Por isso, serão realizados os trabalhos em parceria com a Embrapa”, avalia.
Já a palma forrageira será estudada literalmente nos quatro cantos do Estado. Conforme o representante da Adece, serão montadas quatro unidades-piloto da espécie com características diferenciadas, sendo algumas convencionais e outras clonadas.
“Vamos observar resistência e produção, trazer produtores para dias no campo, ensinar técnicas de colheita e de produção”, explica Sílvio. Sobre a importância da cultura para o Ceará, ele completa. “Um recente estudo da Adece, que definiu os indicadores e critérios para o uso da água no setor pecuário, identificou a palma forrageira como uma das atividades agrícolas com menor consumo de água e maior produção em quilos por hectare, além de ter grande importância para a cadeia produtiva do leite”.
Outra ação de relevância para o agronegócio cearense será a implantação de poços profundos para produtores de leite. O projeto será realizado em parceria com uma indústria de laticínios e promoverá a perfuração de 60 poços em diferentes regiões do Estado. As construções serão finalizadas ainda neste ano.
As culturas exóticas a serem estudas para produção no Estado terão sua viabilidade econômica e agregação de valor por meio de características nutricionais avaliadas. Conforme Sílvio, é preciso produzir culturas de maior valor agregado no Ceará e a ação pretende direcionar para qual finalidade esse fruto poderá ser melhor aproveitado. “Frutas exóticas como a pitaya produzida no Ceará, por exemplo, pode ter maior valor agregado se for utilizada na indústria química, seja na fabricação de cosméticos ou na indústria farmacêutica . Esse trabalho de direcionamento será realizado pela Embrapa”, explica.
Programas de capacitação em carcinicultura, tilapicultura e uso eficiente da água, além de um projeto envolvendo a UFC e o DNOCS com foco na produção intensiva de tilápia e camarão e com baixo consumo de água darão impulso ao setor de pescados.
Apoio ao setor
Um total de 11 câmaras setoriais somente para o agronegócio, além da Câmara Temática de Água e Desenvolvimento, funcionam no âmbito da Adece.São elas: Frutas, Flores, Leite, Mel, Ovinocaprino, Tilápia, Trigo, Camarão, Carnaúba. Caju e Equinos.
Outros seis projetos envolvendo os setores de ovinos e caprinos, algodão, fruticultura, flores, carnaúba e eficiência do uso da água já estão em andamento como iniciativas da Adece.
Parcerias
Aproximadamente 10 entidades e instituições de ensino participarão dos projetos em parceira com a Adece. Dentre elas além das citadas acima, participam: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Universidade Federal do Ceará (UFC); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); União dos Agronegócios do Vale do Jaguaribe (Univale); Associação Caatinga; Associação dos Produtores de Leite do Ceará (Aprolece); e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
As prefeituras de todos os municípios envolvidos, bem como a secretarias estaduais da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), Desenvolvimento Agrário (SDA), Recursos Hídricos (SRH) e Planejamento e Gestão (Seplag) também serão parceiras na execução dos projetos.