Papel das Câmaras Setoriais no desenvolvimento econômico é discutido em evento

27 de agosto de 2020 - 20:10

 

O papel das Câmaras Setoriais como instrumento de desenvolvimento econômico foi tema de discussão durante painel realizado no último dia do evento Ceará Global. O bate-papo aconteceu na quinta-feira (28), ao vivo, pela internet, e contou com a participação do presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Eduardo Neves, como mediador.

Participaram ainda do painel a presidente da Câmara Setorial de Turismo e Eventos, Anya Ribeiro; o presidente da Câmara Setorial de Logística, Marcelo Maranhão; e o presidente da Câmara Setorial do Agronegócio, Amilcar Silveira.

Eduardo Neves abriu o painel contextualizando a função da Câmara Setorial, órgão colegiado instalado na Adece e formado por entidades que compõem as cadeias produtivas. “Em 2008 a Adece começou a criar as câmaras setoriais. Hoje temos 21 Câmaras Setoriais e 12 Temáticas. As setoriais podem ter até 30 membros e as temáticas 20 membros. Em 2018 criamos uma nova dinâmica após uma experiência de 10 anos. Criamos um Conselho Gestor formado pela Adece, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Federação da Agricultura do Estado do Ceará (FAEC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além do Ceará 2050 e Fortaleza 2040”, disse.

Na ocasião, os presidentes das câmaras destacaram as principais conquistas, falaram sobre a transversalidade entre elas e sobre o futuro de seus respectivos setores em um cenário pós-pandemia.

“A intersetorialidade é a grande oportunidade que a Adece dá aos setores produtivos para dialogarem. Para mim, é inadmissível conduzir o desenvolvimento econômico do Ceará com cada setor caminhando sozinho, quando o território sobre o qual acontecem as diversas atividades das cadeias produtivas é o mesmo”, destacou Anya Ribeiro sobre a intersetorialidade entre as câmaras.

Já sobre as grandes conquistas do agronegócio cearense, Amilcar relembrou os ganhos no setor leiteiro. “Em 2015, com a ajuda da Adece, foi criado o programa Leite Ceará, que dentre outras coisas ele ajuda na na assistência técnica. Em 2019 praticamente dobramos nossa pecuária leiteira do Estado do Ceará. Esse foi um ganho extraordinário, com a ajuda da Adece, que financiou”, destacou Amilcar, citando a seca enfrentada pelo Ceará nos últimos anos.

Ao final do painel, Marcelo Maranhão pontuou a logística como setor transversal por essência e sua ligação com agronegócio, turismo, comércio e serviço, industrial e diversos outros setores da sociedade. O presidente destacou ainda as mudanças do setor para o período pós-pandemia.

“O setor de transporte e logística precisou se adaptar muito rapidamente. Existia um embrião do e-commerce, mas com a pandemia, com o fechamento das lojas, essa movimentação virtual cresceu de forma assustadora e as empresas locais precisaram se adaptar rapidamente para o que chamamos de última milha. As grandes lojas se transformaram em centro de distribuição e as empresas precisaram se adaptar para fazer essas entregas. Com os hubs vamos crescer no mercado internacional, principalmente com o marítimo”, completou.