Produção de frutas de clima temperado já é realidade na Serra da Ibiapaba

15 de maio de 2013 - 19:20

Em meio a mais uma seca que castiga o Nordeste, a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) mostra os frutos colhidos de uma ação pioneira realizada no interior do Estado: a introdução do cultivo de frutas de clima temperado na Serra da Ibiapaba. O projeto, feito em parceria com o Banco do Nordeste (BNB), Embrapa, o Sebrae e a União dos Agronegócios do Vale do Jaguaribe (Univale), teve início em 2010, quando foram selecionadas nove fazendas participantes, onde foram cultivadas culturas como a maçã e a pera, que obtiveram excelentes resultados em suas safras.

De acordo com relatório da Agência, a produção de maçãs na Serra está sendo realizada de setembro a dezembro de cada ano, período que representa um adiantamento de quatro meses em relação à colheita da Região Sul. “ O que significa que além de termos novas opções de cultivo em áreas irrigadas do Estado, também podemos ofertar frutas mais frescas aos consumidores e conseguir melhores preços no mercado”, explica o diretor de Agronegócio da Adece, Reginaldo Braga.

Segundo a Adece, já foram realizadas duas safras de maçãs, com produtividades de 10 e 22 toneladas por hectare, respectivamente, nas safras colhidas em janeiro e dezembro de 2012. As variedades “Princesa? e “Julieta? foram as que apresentarem melhores produções e qualidade de frutos, em maio de 2013 será realizada a terceira indução da floração.

Diferentemente das macieiras, as pereiras iniciam a produção comercial a partir do terceiro ano de idade. Nos dois primeiros anos, os tratos culturais realizados nas plantas (condução, podas e uso de inibidores de crescimento) foram direcionados a promover a formação de botões florais. As plantas dos pomares experimentais instalados no Ceará estão sendo preparadas para iniciarem a floração em junho de 2013, no intuito de colher a primeira safra de peras em outubro.

PROJETO: Durante o período de condução do projeto foram realizadas visitas técnicas mensais às fazendas participantes para o acompanhamento das atividades em andamento e fazer as recomendações para as próximas etapas.

A ideia surgiu por conta de vontade que os gestores dos órgãos e pesquisadores tinham de implementar e avaliar o desempenho agronômico e a qualidade dos produtos obtidos a partir de espécies frutíferas de clima temperado e tropical. Tudo isso em função da nossa busca pela competitividade econômica, novas perspectivas de inclusão social, preservação ambiental, geração de renda e agregação de valor aos produtos finais a serem comercializados”, declarou Braga.

 

Assessoria de Comunicação da Adece – Jully Gomes (85) 3457.3330