Vestuário

11 de junho de 2014 - 03:00

 

Presidente : Lélio Matias
E-mail :sindroupas@sfiec.org.br / lelio.matias@profardas.com.br

1ºSecretário :Dinalva Maria Miranda Tavares
E-mail: dinalvamtavares@gmail.com

2º Secretário :Biágio de Oliveira Mendes Junior
E-mail : biagio@bnb.gov.br

 

________________________________________________________________________________

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Vestuário (CS Vestuário) é composta por representantes das entidades privadas envolvidas com o setor, das organizações não governamentais e órgãos públicos e privados relacionados com a cadeia produtiva. A CS Vestuário é um órgão colegiado que reúne empresários e governo, que terão a oportunidade de dialogar, propor, apoiar e acompanhar projetos prioritários e ações, visando ao desenvolvimento sustentável do setor de vestuário no Ceará.

Foi instituída conforme portaria n° 085/2012 do Diário Oficial do Ceará, de 10 de dezembro de 2012.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI), as indústrias cearenses do setor do vestuário têm significativo potencial de crescimento, mesmo diante da concorrência asiática.

A área mais representativa é a de confecção de peças do vestuário, excluindo-se roupas íntimas. Em seguida, aparece a confecção de roupas íntimas, que representa quase 20% dos estabelecimentos e 25% dos empregos e da transformação industrial no setor do estado. A fabricação de meias é a menos representativa, não chegando a 1% de participação na indústria do vestuário.

Em relação à distribuição geográfica do segmento no Ceará, verifica-se que os dez municípios que possuem maior representatividade detêm mais de 90% dos estabelecimentos e dos empregos formais. Desses, apenas Juazeiro do Norte, Sobral e Frecheirinha não estão na região metropolitana de Fortaleza. Já as exportações, são predominantemente de produtos de malha, que chegam a ter quase 80% do total.

Dentre os segmentos, o que possui maior representatividade é o de T-shirts e camisolas interiores, com mais de 20% de participação. Este, somado aos outros principais (moda íntima, roupões de banho, robes e casacos, vestidos, saias, calças e bermudas de uso feminino), chega a ultrapassar o valor de 50% do setor. No período abrangido pela pesquisa, os segmentos que tiveram comportamento mais dinâmico foram moda íntima, roupões de banho e robes, com crescimento de 15,6% na participação das exportações, e moda praia, com 7,4%.

No que diz respeito ao destino dos produtos cearenses de vestuário, os dez principais compradores representam quase 90% das exportações do setor. Dentre esses, quatro são da América Latina e representam 70% das exportações, sendo a Argentina o principal destino. Ao comparar o grupo de países selecionados de 2008 a 2012, percebe-se a saída de países europeus (Espanha e Itália) e a entrada de africanos (Angola e Suriname), movimento possivelmente explicado pela crise econômica e a procura de novos mercados por parte do setor cea­rense.

As indústrias dos segmentos têxtil e de confecção do estado do Ceará possuem um relevante potencial de crescimento, apesar da forte e crescente ocorrência das empresas asiáticas, em especial a chinesa. Mas, para que a cadeia do vestuário do estado continue crescendo e não perca de vez mais espaço para esses competidores, os empresários necessitam ser proativos a fim de que se tornem mais competitivos e não desperdicem as oportunidades, utilizando-se, principalmente, de novos investimentos em inovação.

Os subsetores para os quais o Ceará exporta produtos de maior valor agregado apresentam os melhores resultados em participação nas exportações e na produção, com destaque para a moda íntima.

CONQUISTAS 

Em 2013, a Camará Setorial do Vestuário (CS Vestuário) obteve maior relevância por conta da realização do planejamento estratégico do segmento para o quinquênio 2013-2018, colocando como meta aumentar sistematicamente a produtividade, rentabilidade e competitividade, prevendo que o Ceará esteja entre os três maiores produtores de vestuário do Brasil, até 2018.

E para que isto se concretize foram estabelecidas sete ações que vão do fortalecimento do associativismo à implementação de um plano setorial de marketing.Outra conquista marcante foi o envolvimento do setor com o programa Apóstolos da Inovação empreendido pela FIEC por intermédio do INDI.

Contando com a participação de doze “apóstolos”, que se debruçaram sobre o setor têxtil e de vestuário cearense e brasileiro durante o mês de julho em busca de melhorias, inovações e oportunidades de negócio que pudessem contribuir para o aumento da competitividade da indústria frente à crescente competitividade no mercado interno e externo. As conclusões geraram 18 oportunidades de negócio e soluções inovadoras. Algumas tecnologias prometem revolucionar o mercado nos próximos anos ou estão em fase inicial de desenvolvimento, enquanto outras estão próximas de ser lançadas.

Nanomateriais ocupam destaque em várias áreas da indústria devido às suas diversas aplicações. No setor têxtil e de confecções, há diferentes aplicações para obter tecidos e peças de roupas com características especiais que podem agregar valor maior ao produto.

Já estão em uso no Brasil fios artificiais produzidos a partir do bagaço e da casca da cana-de-açúcar. Com sua validação econômica e subsequente utilização, ameniza-se o problema da indústria da cana em destinar o seu subproduto, com um valor agregado pequeno, e o da indústria têxtil ao aproveitá-lo em substituição a fibras mais caras, como a celulose de algodão.

A tecnologia Clothing Printer foi proposta pelo designer americano Joshua Harris. Assim como a impressora 3D, essa tecnologia permitirá ao usuário imprimir sua própria roupa em casa, sem a necessidade de se deslocar a uma loja. Outro potencial tecnológico identificado pelos apóstolos foi a máquina de produzir renda, a Warp Seamless, da empresa Santoni. O equipamento, que viabiliza uma produção em larga escala sem a necessidade de uma grande quantidade de operários, tricota renda e gera outros tipos de malhas, como a esportiva.

Outra sugestão de inovação é investir em fibras sintéticas. Tecidos feitos de fibras sintéticas têm propriedades diferenciadas, como maior elasticidade, resistência à chama e impermeabilidade, segundo análises dos apóstolos. No mercado, esses produtos são utilizados nas mais diversas aplicações: cordas de alto desempenho, materiais esportivos de alta performance, coletes a prova de balas, blindagem automotiva e cordas.

Dentre as muitas tecnologias aplicadas ao setor estão tecnologias que permitem a mudança da cor dos tecidos. Existem diferentes tecnologias em desenvolvimento: materiais termocrômicos, que mudam de cor com a aplicação de calor; materiais eletrocrômicos, que mudam de cor com a aplicação de corrente elétrica; tecidos que mudam de cor sob exposição à luz solar; fibras que respondem a tensões e torções mecânicas.

Para solucionar problemas de treinamento e aprendizagem da mão de obra, os apóstolos sugerem soluções em e-learning, com ênfase didática. Por meio de uma abordagem mais dinâmica e interativa, os treinamentos de máquinas e processos seriam realizados mediante vídeo-aulas.

LINHA DE PRODUÇÃO

De acordo com o relatório, foi recorrente durante as visitas observarem máquinas paradas nas indústrias, afetando a produtividade. Uma das soluções encontradas foi interligar os sensores, de modo que as informações de paradas das máquinas fossem transmitidas por meio de grandes painéis, numa visão panorâmica, para melhorar a comunicação entre a máquina e o operário.

Os sinais captados pelos receptores, além de enviados para um monitor fixo, poderiam ser encaminhados para dispositivos móveis que estariam com os operadores. Dados com as informações sobre toda a linha de produção poderiam também ser enviados para os gerentes por meio de relatórios que indiquem os motivos das paradas e outras informações.

Tendo em vista que o setor têxtil pode ganhar competitividade com a melhoria da logística e que atualmente os tubos onde os tecidos enrolados são bastante pesados e aumentam os custos de transporte, outra sugestão apontada como melhoria para a área é a otimização dos rolos de tecido. Para eliminar o peso desnecessário e facilitar o transporte dos tubos de tecido, uma solução viável é a utilização de tubos vazados, isto é, com furos ao longo de sua estrutura.

DESAFIOS

Dentre os entraves experimentados pelo setor, destaca-se o fato de os empresários necessitarem ser proativos a fim de que se tornem mais competitivos e não desperdicem as oportunidades, utilizando-se, principalmente, de novos investimentos em inovação.

Hás ainda uma contínua diminuição na produtividade do setor de confecções cearense nos últimos cinco anos, enquanto que São Paulo e Santa Catarina, os principais produtores brasileiros, apresentam ganhos de produtividade e consequente diminuição nos custos de trabalho. Este fato se explica por questões estruturais do setor e o perfil da mão de obra com pouca ou nenhuma qualificação.

AÇÕES

Dentre os objetivos traçados pelo planejamento estratégico foram definidas as seguintes ações:

Ter um Programa de Aprimoramento do SVC, que possibilite, até dez/2018, um crescimento de 50% no índice de participação econômica do setor local no mercado nacional.

Desenvolver um trabalho de relacionamento político-institucional com vistas a conquista da equiparação do ICMS do estado do Ceará aos estados com menor carga tributária, até dez/2013.

Ter um Programa de Aperfeiçoamento da Produção do Setor do Vestuário do Ceará, que lhe possibilite aumentar, até dez/2018, em 30% o índice médio de rentabilidade de suas empresas.

Ter um Plano Setorial de Marketing Estratégico que possibilite o reconhecimento do estado do Ceará, até dez/2018, como referência na criação, qualidade e desenvolvimento do vestuário para moda no Brasil.

Realizar, a partir de 2015, no Centro de Eventos de Fortaleza, uma Feira Internacional do Setor do Vestuário, com duas edições por ano, com foco na divulgação e geração de negócios para as empresas locais.

Apoiar a implantação do Centro de Tecnologia da Cadeia Têxtil e do Vestuário -CTCTv, de modo a tê-lo em funcionamento até dez/2015, desenvolvendo programas e projetos de inovação, ciência e tecnologia de vestuário no estado do Ceará.

Ter um Programa de Fortalecimento Associativo Setorial com vistas a conquistar, até dez/2016, a filiação de 20% das indústrias do Vestuário do Ceará, aos seus sindicatos representativos?

Adriano Monteiro Costa Lima

Presidente CS Vestuário

 

Entidades integrantes da Câmara:

 

Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará – ADECE
Gestor: Eduardo Henrique Cunha Neves
Titular: Sylvana Pinheiro Holanda
Suplente: Maria Cecy de Castro 

Associação das Empresas dos Distritos Industriais do Estado do Ceará – AEDI
Gestor/Suplente: Mozart Martins 
Titular: Herbert da Costa Velha 

Associação de Proteção as Marcas e Patentes – APMP
Gestor/Titular: A definir
Suplente: A definir

Associação dos Lojistas da Monsenhor Tabosa – ALMONT
Gestor/Titular: Márcia Sérgia Souza de Oliveira
Suplente: A definir 

Banco do Brasil – BB
Gestor: Amauri Aguiar de Vasconcelos
Titular: Antonione dos Santos da Cruz
Suplente: 

Banco do Nordeste do Brasil – BNB
Gestor: Marcos Costa Holanda
Titular: Biágio de Oliveira Mendes Júnior
Suplente: Francisco Diniz Bezerra

Centro Internacional de Negócios – CIN
Gestor/Titular: Ana Karina Frota
Suplente: Roberta Rocha Lima Pinheiro 

Faculdade Ateneu – FATE
Titular: Regina Celia Santos de Almeida
Suplente: Daniele Caldas Vasconcelos

Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará – SEFAZ
Gestor: João Marcos Maia
Titular: Carlos Alberto Alves de Almeida
Suplente: Francisco Sebastião de Souza  

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE/CE
Gestor: Joaquim Cartaxo Filho
Titular: Herbart dos Santos Melo
Suplente: José Ivan da Silva Moreira  

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
Gestor: Rodrigo Leite Rebouças
Titular: Geórgia Philomeno Gomes Carneiro
Suplente: Fátima Eveline Costa do Vale

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI
Gestor: Paulo André de castro Holanda
Titular: José Elias Pedrosa Oliveira Junior
Suplente: Dennes Landim Mourão

Sindicatos das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras do Estado do Ceará – SINDCONFECÇÕES
Gestor: Elano Martins Guilherme
Titular: Dinalva Maria Miranda Tavares
Suplente: Valdênia Maria Barros de Anchieta  

Sindicato da Indústria de Alfaiataria e de Confecção de Roupas de Homem de Fortaleza – SINDIROUPAS
Titular: Lélio Matias
Suplente: Paulo Alexandre 

Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem em geral no Estado do Ceará – SINDITÊXTIL
Gestor/Titular: Kelly Whitehurst de Castro
Suplente: Manoel Trajano Junqueira dos Santos 

Sindicato das Indústrias de Calçados de Fortaleza – SINDCALF
Gestor: Jaime Bellicanta
Titular: Emílio Fernandes de Moraes Neto
Suplente: Jaime Bellicanta  

Sindicato dos Corretores de Moda de Fortaleza – SINCOM 
Gestor/Titular: Juceliano Ferreira da Silva
Suplente: Maria dos Prazeres 

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ceará – SRTE/CE
Gestor: Fábio Zech Sylvestre
Titular: Fábio Zech Sylvestre
Suplente: Jacqueline Lima dos Santos Guerra

União das Indústrias de Moda do estado do Ceará – UNIMODA
Gestor: Raimundo Nilber Mesquita Fernandes
Titular: Raimundo Nilber Mesquita Fernandes
Suplente: Joseomi Loureiro Moreira de Oliveira

Universidade Federal do Ceará – UFC
Gestor: Henry de Holanda Campos
Titular: Emanuelly Kelly Ribeiro da Silva
Suplente: Manuela Fátima Paula de Medeiros

 

Downloads da:

Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Vestuário